Por
Luvluvyayo
Paz galera!
A matéria abaixo saiu na revista Scientific American, foi produzida por Lucas Maia, o link a seguir leva ao site do qual copiei o conteúdo. O assunto trata das pesquisas publicadas ano passado nos EUA, Reino Unido e N. Zelândia e traz algumas respostas sobre os resultados, por ex. sobre a reducão do Q.I....acho que a votação sobre a descriminalização deveria obrigatoriamente se basear em pesquisas e na opinião de cientistas, mas infelizmente é baseada em jogo político, preconceito e ignorância, e votado por um punhados de bebuns vestidos de terno, geralmente iletrados e incautos.
Moderação, procurei e não achei nenhum post sobre esta matéria em si, caso seja repost, me desculpem.
"Em junho de 2012 o Uruguai anunciou um plano de legalização da maconha,
com controle estatal da produção, da distribuição e da venda da planta,
além de autorizar o cultivo para uso pessoal. Essas medidas têm o
objetivo de combater o narcotráfico na região, diminuir os índices de
violência e funcionar como estratégia de redução de danos, isto é, usar o
comércio regulamentado de maconha para evitar o consumo de drogas
ilícitas potencialmente mais nocivas. Para isso, o projeto de lei, que
está em trâmite no parlamento uruguaio, prevê a criação do Instituto
Nacional da Cannabis (Inca) para atuar como órgão regulador.
Recentemente, o presidente do país, José Mujica, declarou que a decisão
ainda precisa ser ama- durecida e que é necessário esclarecer a
população sobre os possíveis impactos sociais das propostas.
Nos Estados Unidos, em novembro do mesmo ano, um plebiscito aprovou a
legalização do uso recreativo de maconha para adultos no Colorado e em
Washington. O consumo da planta será regulamentado nos moldes do álcool:
venda restrita a maiores de 21 anos, uso proibido em locais públicos,
controle de qualidade da droga comercializada e cobrança de impostos. A
mudança na legislação tem o objetivo de reduzir o número de prisões
relacionadas à maconha e aumentar a receita estadual com os impostos.
No campo científico, novos estudos divulgados em 2012 trouxeram avanços no debate sobre os riscos potenciais da Cannabis. Em janeiro, o The Journal of the American Medical Association (JAMA)
publicou um estudo feito com mais de 5 mil homens e mulheres dos
Estados Unidos, que investigou o impacto do uso de maconha por 20 anos
sobre o sistema respiratório. Os resultados revelaram que o consumo
moderado de cigarros de Cannabis (um por dia por até sete anos)
não prejudica a função pulmonar – ao contrário do tabaco, que, nessa
mesma quantidade, tem consequências adversas significativas.
surpreendentemente, o uso ocasional da planta foi associado à melhora da
função pulmonar. No entanto, o consumo regular por longos períodos
(mais de dez anos de uso diário) foi relacionado a um ligeiro declínio
da capacidade dos pulmões. Apesar de a maconha e o tabaco terem muitos
componentes em comum, o estudo sugere que o uso da Cannabis é menos
prejudicial ao sistema respiratório.
Por outro lado, um estudo conduzido na Nova Zelândia, em parceria com universidades dos Estados
Unidos e Reino Unido, publicado em outubro de 2012 na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS),
causou grande impacto ao revelar que o uso crônico de maconha na
adolescência pode causar prejuízos neuropsicológicos na idade adulta,
como redução do QI. A adolescência é crucial para o desenvolvimento do
cérebro. É quando ocorrem processos de maturação dos neurônios e de
rearranjo de circuitos neurais e sistemas de neurotransmissão. Assim, o
cérebro adolescente é especialmente vulnerável a substâncias com
possíveis efeitos neurotóxicos, como maconha, álcool e nicotina. Apesar
disso, o estudo também deixa claro que não foram observados prejuízos
cognitivos em pessoas que começaram a usar Cannabis depois de adultas.
Entretanto, em relação à redução no QI, outro estudo publicado em janeiro de 2013
na mesma revista reanalisou os dados e concluiu que os resultados podem
ter sido influenciados por fatores associados ao nível socioeconômico
dos participantes.
GRUPOS DE RISCO
Um estudo publicado em novembro de 2012 na Biological Psychiatry,
uma das principais revistas científicas na área de neurobiologia dos
transtornos mentais, mostrou que uma variação genética do gene AKT1
influencia o risco de desenvolvimento de transtornos psicóticos em
usuários crônicos de maconha. Esse gene está envolvido no sistema
dopaminérgico (a dopamina é um neurotransmissor relacionado à motivação e
à percepção de prazer, entre outras funções), que tem papel importante
na fisiopatologia de transtornos psicóticos, como a esquizofrenia. Os
resultados mostraram que pessoas com determinada variação do AKT1 que
consomem maconha todos os dias têm probabilidade sete vezes maior de
desenvolver transtornos psicóticos em comparação às que nunca
experimentaram a droga ou usam apenas nos fins de semana.
No entanto, no caso de pessoas sem a variação genética, não foi encontrada
nenhuma relação entre o consumo diário da erva e o desenvolvimento de
transtornos psicóticos. De acordo com os resultados, é evidente que a
predisposição genética é decisiva para o surgimento de psicose em
usuários da planta. Daí a dificuldade em estabelecer relação direta
entre consumo de maconha e aumento da incidência de esquizofrenia. O
mais provável é que existam fatores genéticos comuns entre a dependência de maconha e a esquizofrenia, como sugere outro estudo publicado também na Biological Psychiatry
que mostrou que uma variação rara do gene NGR1 está relacionada a maior
suscetibilidade à dependência de Cannabis em afro-americanos. O NGR1
codifica um fator de crescimento (a neuregulina 1), importante para o
desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso, e vários estudos
comprovam que ele está associado à esquizofrenia em diversas populações.
Assim, esses resultados ajudam a tornar mais clara a ligação entre uso
de maconha e risco de desenvolver transtornos psicóticos.
Essas descobertas apontam a necessidade de estratégias de prevenção
direcionadas às populações de risco, como adolescentes e adultos com
predisposição. A maconha comercializada ilegalmente pode conter uma
grande quantidade de contaminantes, muitas vezes mais tóxicos do que a
própria planta. Assim, o uso regulamentado de Cannabis, que
está ganhando espaço nos Estados Unidos e no Uruguai, pode ser mais
eficiente do que a simples proibição. A regulamentação pode, além disso,
garantir a pureza e a segurança da substância consumida pelo usuário
comum."
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